O homônimo disco de estréia do Som Imaginário bebia da fonte do rock psicodélico, mas pinçava elementos do rock progressivo, folk e MPB, mostrando um bom-humor nas letras e total criatividade nos arranjos. Uma estrutura sonora incrementada com guitarras wah-wah, órgão sessentista, percussão matadora e o vocal de Zé Rodrix aparecendo na maior parte das músicas. O poderoso agrupamento era uma verdadeira academia da imaginação sonora: Wagner Tiso (piano e órgão), Tavito (violão), Luiz Alves (baixo), Robertinho Silva (bateria), Frederyko (guitarra), Naná Vasconcelos (percussão) e Zé Rodrix (órgão, percussão, voz e flautas).
O elepê abre com a faixa “Morse”, um tema com riffs marcantes e a latinidade característica de Rodrix em ação. “Super God” sugere um ritmo flamenco, mas descamba mesmo pra lisergia pura, com vocal distorcido, guitarras ácidas e experimentos sonoros. “Tema dos Deuses”, de Milton Nascimento, tem participação do próprio nos vocais, num vôo mais progressivo, com breve escala no Clube da Esquina. Altas doses psicodélicas e climão paz e amor nas faixas “Make Believe Waltz”, “Sábado” e na anárquica “Nepal”… hipongas pacas.
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A primeira versão de “Feira Moderna” (de Fernando Brant, Beto Guedes e Lô Borges) aparece aqui, com letra original e que depois seria modificada na versão de Beto Guedes, contida no disco Amor de Índio, de 1978. “Hey Man” é outro ponto alto do disco com uma levada contagiante e letra alfinetando o regime militar, no embalo da Copa de 70. O disco fecha com a bela “Poison”, composição de Rodrix em parceria com o cultuado músico Marco Antônio Araújo (que só lançaria seu primeiro álbum Influências, dez anos mais tarde e que morreria em 1986, em decorrência de um aneurisma cerebral).
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Um disco obscuro que já mostrava a competência desta turma de cabeludos que pregava a paz e o amor livre, e acreditava em um mundo melhor… A melhor definição do ideal do Som Imaginário, está nas palavras de Milton Nascimento: “Um grupo com liberdade de pensamento político, e também sob o efeito de alguma magia, com tendência a rebeldia...” Obra fundamental da discografia nacional e que foi impressa com três capas diferentes. Bolhas de carteirinha possuem as três edições na maior felicidade…
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As outras capas da estréia do Som Imaginário
Faixas: 01 – Morse / 02 – Super God / 03 – Tema Dos Deuses / 04 – Make Believe Waltz / 05 – Pantera / 06 – Sábado / 07 – Nepal / 08 – Feira Moderna / 09 – Hey, Man / 10 – Poison
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SOM IMAGINÁRIO – SUPER GOD
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SOM IMAGINÁRIO – TEMA DOS DEUSES
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SOM IMAGINÁRIO – MAKE BELIEVE WALTZ
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SOM IMAGINÁRIO – PANTERA
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SOM IMAGINÁRIO – SÁBADO
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SOM IMAGINÁRIO – NEPAL
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SOM IMAGINÁRIO – FEIRA MODERNA
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LÔ BORGES – FEIRA MODERNA
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SOM IMAGINÁRIO – HEY, MAN
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SOM IMAGINÁRIO – POISON
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MUITO FODA ESSES VIDEOS DE SABADO E FEIRA MODERNA!!! PUTA RELIQUIA!!!! SIMPLESMENTE DUCARALHO!!!!!!!!!!
Esses vídeos foram postados recentemente no You Tube. Também achei demais, Ulisses.
Cara, não consegui baixar do link 4shared do teu blog. Acabei achando um outro aqui:
Som Imaginario 1970
Pros leitores do blog terem uma opção de DL no rapidshare. Som demais!!!
[]s
Silent Revolution
Opa! Testei o link que postei no blog e ele não está corrompido para mim.
De qualquer forma, valeu por disponibilizar esse outro link.
Som Imaginário rules!
Abraço
esse video me fascina adoro as musicas mais em especial feira moderna…
Concordo contigo, Daiane. Feira Moderna é muy bela.
Bjs
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Poxa curti a banda, bacana mesmo =D
Legal Mary. Som Imaginário é demais! Valeu!
E continue ligada no blog que este mês estarei postando uma leva de discos sensacionais da música brasileira.
Beijos
Nice share, thanks
Very important informations! An important aid and interesting to see!
Great band! Congratulations!
Thanks, Dilley!
Hug